20080127

Perispirito


Conceitos de Perispírito

O Espírito, propriamente dito, é envolvido por uma substância, vaporosa mas ainda bastante grosseira *

“Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo,uma substância que, por comparação, se pode chamar de perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito*
* O Livro dos Espíritos, questão 93

Funções do Perispírito
Instrumental

O perispírito representa um instrumento ou elemento de ligação entre o Espírito e o corpo físico. A função instrumental permite a interação do Espírito com os mundos espiritual e físico

Individualizadora
O perispírito apresenta características peculiares à identificação de cada indivíduo.
A função individualizadora está relacionada à história e às conquistas evolutivas da pessoa.

Organizadora
Trata-se do “molde”que determina as linhas morfológicas e hereditárias do corpo físico.
A função conservadora preserva os mecanismos de manifestação da lei de causa e efeito.

Sustentadora
Sob o impulso da mente espiritual, o perispírito transfere paulatinamente a energia vital para o corpo físico, sustentando-o desde a formação até o completo desenvolvimento.

Conservadora
A função conservadora garante vitalidade ao corpo físico durante o tempo previsto da reencarnação

Natureza Do Perispírito É de textura semimaterial. *

É de formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta.**
* O Livro dos Espíritos, questão 135. ** Evolução em Dois Mundos, cap.II, p. 26.

Propriedades Do Perispírito

Sensibilidade
propriedade de perceber sensações, sentimentos e emoções. Estas percepções não são captadas por meio de órgãos específicos, mas em todo o corpo perispiritual.

Bicorporeidade (desdobramento)
o Espírito “faz-se em dois”, permitindo a visualização do corpo físico e do perispírito.

Unicidade
significa dizer que cada pessoa traz no próprio perispírito a soma das suas conquistas evolutivas. Não há, portanto, dois perispíritos iguais.

Mutabilidade
é a propriedade que permite mudanças no perispírito em decorrência do processo evolutivo. A mutabilidade ocorre no que se refere à substância, à forma e à estrutura perispirituais.

Outras propriedades
projeção de estados íntimos visíveis na aura; manifestação de odores; transmissão de calor ou frio etc.

Perispírito e Memoria
As inúmeras experiências vivenciadas pelo Espírito são captadas e arquivadas no seu perispírito.

Há indicações de que as lembranças mais remotas são incorporadas à mente espiritual.
Apesar dos arquivos mentais guardarem as lembranças integrais, a memória funciona de forma seletiva e interpretativa
Poucas lembranças pretéritas assomam à nossa consciência. No entanto, elas se refletem na nossa maneira de ser, na forma de nos relacionar com o semelhante e nas diretrizes utilizadas para nos conduzir na vida.
Origem do termo
O termo perispírito foi cunhado por Allan Kardec e encontra seu primeiro uso no comentário que segue o item 93 de O Livro dos Espiritos:
P = O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?
R = “Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
Segue-se a esse trecho o seguinte comentário de Kardec: "Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito"

A partir daí Kardec se ocupou de buscar fundamentação para essa hipótese, estudando as propriedades daquilo que à época recebia o nome de "fluidos" (eletricidade, magnetismo, calor), e ampliando a pesquisa para o que chamou de "fluidos psíquicos" ou "espirituais". Concluiu que o perispírito seria um corpo fluídico que envolve o espírito na condição de ente "semi-material". Mais "grosseiro" que o espírito e mais "sutil" que o corpo, seria o responsável, entre outras funções, pela transmissão da vontade daquele para este e das sensações do corpo para o espírito. Seria constituído a partir de modificações particulares do "Fluido Cósmico Universal", que Kardec defendia ser a matéria primordial de que se compõe o universo

Outras concepções
Conservando a nomenclatura original, muitos adeptos da Doutrina Espírita definem hoje o perispírito como um "corpo" dotado de “centros de força” para estes praticamente as mesmas definições que a Teosofia e outras doutrinas baseadas nos ensinamentos orientais elaboraram para o Corpo Astral e os Chackras.
O perispírito teria, assim, a função de "modelar" o corpo físico (chamado de soma), de forma que cada centro de força corresponderia a uma glândula e estaria intimamente ligado ao sistema nervoso, através do qual conduziria ao corpo as deliberações do espírito, e a este transportaria as impressões sensoriais.
Desempenharia, também, o importante papel de elo entre o espírito comunicante e o espírito encarnado nos fenômenos mediúnicos.
O perispírito emitiria ainda, segundo alguns, "vibrações", transformando os "fluidos semi-materiais", de acordo com os pensamentos: poderia, assim, variar da "luminosidade mais elevada" até aspectos mais "repugnantes", consoante a "qualidade" de quem os emite.

O Perispírito
"Há corpo animal e há corpo espiritual" diz São Paulo (1 Cor. 15:44). Com efeito, esse corpo espiritual de São Paulo é o perispírito dos espíritas de hoje. O perispírito, aliás, não é coisa nova.
No Antigo Egito os sacerdotes ensinavam que além do ka", o Espírito, emanação divina, havia uma forma imaterial "sahu", o fantasma propriamente, que reproduzia exatamente os traços do corpo físico e que se manifestava aos encarnados.

Na Grécia antiga, a doutrina inspirada pelos hinos órficos ensinava: "Amai a luz, e não as trevas. Lembrai-vos da finalidade da vossa viagem. Quando as almas voltam ao mundo espiritual trazem marcadas sobre os seus corpos etéreos, em manchas horrendas, todas as faltas da sua vida e, para as apagar, é necessário voltar à Terra. Mas os puros e os fortes se vão para o sol de Dionísio".

Na Índia se fala também desse corpo espiritual, porque ele próprio se impõe como uma realidade incontestável.
Mas não desejamos deter-nos em detalhes nem em considerações dos antigos filósofos. Preferimos abordar rapidamente as importantes funções do perispírito no plano material, assim como as suas conseqüências no plano espiritual.

O corpo espiritual, isto é, o perispírito está em cada. um de nós intimamente ligado ao corpo físico e é tanto mais sutil quanto mais elevado se acha o ser na escala da perfectibilidade. Vaporoso para nós encarnados é, no entanto, bem grosseiro ainda para os desencarnados; contudo, os Espíritos purificados podem elevar-se com ele na atmosfera e transportar-se aonde queiram.

As suas funções no corpo físico são múltiplas e preside a todos os fenômenos fisiológicos da respiração, da alimentação e assimilação dos alimentos, extraindo toda a matéria aproveitável, afeiçoando-a a cada órgão e eliminando do corpo todos os elementos que lhe sejam inúteis ou nocivos. Com efeito, o nosso organismo é uma complicada máquina que funciona à nossa revelia, sem que, nem de leve, suspeitemos da sua complexidade.

Um elevado Espírito, respondendo numa sessão a um jornalista inglês que lhe perguntara sobre o perispírito, disse: "Tenho um corpo que é uma reprodução do que tive na Terra: as mesmas mãos, pernas e pés, que se movem como o fazem os vossos. Na Terra eu tinha o corpo físico interpenetrado do corpo etéreo que ora tenho. O etéreo é o corpo real e é cópia perfeita do corpo terreno. Por ocasião da morte, emergimos de nossa cobertura de carne e continuamos a nossa vida no mundo etéreo, funcionando aqui por meio do corpo etéreo, exatamente como funcionávamos na Terra, metidos no corpo físico. O corpo etéreo é aqui tão substancial para nós como o era o corpo físico quando vivíamos na Terra. Temos as mesmas sensações. Sentimos e vemos como na Terra. Embora não sejam materiais, conforme entendeis esta palavra, os nossos corpos têm forma, aspecto e expressão".

É ainda no perispírito que ficam registradas as nossas ações e os nossos atos, bons ou maus. De fato, todos os acontecimentos da nossa vida são maravilhosamente registrados em nosso perispírito, nos seus mínimos detalhes; nada se perde.
Segundo o Dr. Wilder Penfield, diretor do Instituto de Neurologia del Montreal, Canadá, o nosso perispírito grava, como num filme, todos os acontecimentos da nossa vida. A recordação é de tal modo viva que é como se o indivíduo voltasse a reviver as mesmas cenas, os mesmos fatos.
Pelos fatos registrados nas obras espíritas já sabíamos que em momentos críticos, como nos acidentes graves, nas quedas perigosas, na asfixia por afogamento, etc., o indivíduo pode rever, com incrível nitidez, a sua vida até aquele momento, como se assistisse a um filme no qual ele próprio tomasse parte.

Naturalmente os seus atos bons são motivos de satisfação para o seu Espírito, enquanto os atos maus são motivo de tristeza e arrependimento. Por aí se pode avaliar a situação dolorosa de certos Espíritos libertos da carne, tendo diante de si, permanentemente, os acontecimentos deploráveis que desejariam esquecer.
Eis um fato significativo que comprova as afirmações do Dr. Penfield. O almirante Beaufort, quando ainda jovem, caiu de um navio à água do porto de Portsmouth. Antes que fosse possível ir em seu socorro, desapareceu; ia morrer afogado.
Depois de algumas considerações sobre a angústia do primeiro momento, diz ele:
"Com o enfraquecimento dos sentidos coincidiu uma superexcitação extraordinária da atividade intelectual; as idéias sucediam-se com rapidez prodigiosa. O acidente que acabara de dar-se, o descuido que o motivara, o tumulto que se lhe deveria ter seguido, a dor que iria alcançar meu pai e outras circunstâncias intimamente ligadas ao lar doméstico, foram o objeto das minhas primeiras reflexões. Depois, veio-me à memória o último cruzeiro, viagem acidentada por um naufrágio; a seguir, a escola, os progressos que nela fizera e também o tempo perdido, finalmente, as minhas ocupações e aventuras de criança. Em suma, a subida de todo o rio da vida, e quão pormenorizada e precisa"! E acrescenta: "Cada incidente da minha vida atravessava-me sucessivamente a memória, não como simples esboço, mas com as particularidades e acessórios de um quadro completo! Por outras palavras, toda a minha existência desfilava diante de mim numa espécie de vista panorâmica, cada fato com a sua apreciação moral ou reflexões sobre suas causas e efeitos. Pequenos acontecimentos sem conseqüências, há muito tempo esquecidos, se acumulavam em minha imaginação como se tivessem passado na véspera. E tudo isso sucedeu em dois minutos"
(Léon Denis, "O Problema do Ser", pág. 173)
Com efeito, todos os atos da nossa vida e são maravilhosamente registrados em nosso perispírito. Os menores detalhes são cuidadosamente guardados para, no momento preciso, na aflorarem nítidos, inconfundíveis - Eis porque Jesus, estabelecendo a nossa responsabilidade diante da vida, diz: "Até os cabelos da vossa da cabeça estão contados."
Reformador - julho/1970 - pg. 161

O Perispírito ou Corpo Astral, segundo Geley
Perispírito tem na Doutrina Espírita uma importância capital, constitui o princípio intermediário entre a matéria e o Espírito, o meio de união entre a Alma e o corpo, as condições necessárias para as relações entre o Moral e o físico.
É composto á quinta essência dos elementos combinados das relações anteriores. Evoluciona e progride com a Alma e tanto mais sutil é e tanto menos material, quanto mais elevado e perfeito é o indivíduo.
O Perispírito assegura a conservação da individualidade, fixa os progressos já conseguidos, sintetiza, numa palavra, o avanço do estado do ser. Serve de molécula, de molde orgânico para toda nova encarnação, condensando-se no embrião; agrupa em uma ordem dada, moléculas materiais e assegura o desenvolvimento normal do organismo. Sem o Perispírito, o resultado da fecundação não seria mais que um tumor informe.
O Dr. Gustavo Geley, diz: O Perispírito assegura também a sustentação do corpo e suas reparações em idêntica ordem durante a perpétua renovação das células. Sabe-se que o corpo se transforma por completo no espaço de alguns meses.
Sem a força misteriosa do Perispírito a personalidade do ser variaria constantemente em cada uma destas mudanças.
O Perispírito não está estreitamente aprisionado ao corpo do encarnado; irradia mais ou menos fora dele, segundo sua pureza. Esta irradiação constitui o que se chama aura. Inclusive, pode às vezes, mesmo em pouca proporção, separar-se momentaneamente do encarnado ao qual só permanece ligado por ligeiro fluido.
Neste estado de desencarnação relativa, o ser pode tomar conhecimento de fatos ocorridos longe dele e demonstrar que possui faculdade anormal.
Se o Perispírito leva moléculas materiais consigo, em grande número, poderá agir a grande distância e também exercer certa influência sobre a vista ou os outros sentidos das pessoas que encontre em seu caminho; neste caso representa exatamente o que se chama em termo espiritista, o duplo exato do seu corpo.
O Dr. Geley, diz: A Alma. Esta síntese compreende numerosos elementos que podem agrupar-se nas categorias
1.°) elementos adquiridos em encarnações anteriores;
2.°) elementos adquiridos na encarnação atual.
No primeiro caso, são as recordações das personalidades passadas e o conhecimento de todos os fatos importantes das existências sucessivas.
Esses elementos não estão na consciência normal; esquecidos na aparência, são conservados integralmente pelo Perispírito. A consciência total, isto é, o produto dos progressos realizados desde o começo da evolução.
A Alma : é a parte essencial da individualidade, a que constitui seu verdadeiro grau de avanço e aperfeiçoamento ; é o eu real, que a personalidade atual oculta mais ou menos. Toda nova encarnação a dissimula momentaneamente, pelos elementos que leva consigo.
Da herança : A herança é dupla, física e psíquica.
A herança física é evidente e muito importante, visto que dela depende, em parte, o bom estado do instrumento orgânico (dos Pais). A herança intelectual e moral, quase sempre ausente (em absoluto).
Pelo que precede, vê-se claramente que a consciência normal de um ser encarnado não constitui toda sua individualidade pensante. De acordo com as teorias da ciência, a doutrina espírita, admite que a síntese psíquica é muito mais extensa.
A Alma compreenderia uma parte consciente e outra inconsciente, ou melhor, subconsciente ; esta última é, sem duvida, a mais importante.
Com efeito, admitindo a teoria das existências múltiplas, a parte subconsciente da Alma compreenderia uma série infinita de recordações veladas momentaneamente, mas gravadas no Perispírito.
A parte subconsciente compreenderia : a consciência total, o eu real, produto de todos os progressos passados, e muito superior em todos os seres, avançados do que o seu eu aparente.
Revista Internacional de Espiritismo – Julho de 1961

Pensamento e Perispírito
Portador de expressiva capacidade plasmadora, o perispírito registra todas as ações do Espírito através dos mecanismos sutis da mente que sobre ele age, estabelecendo os futuros parâmetros de comportamento, que serão fixados por automatismos vibratórios nas reencarnações porvindouras.
Corpo intermediário entre o ser pensante, eterno, e os equipamentos físicos, transitórios, por ele se processam as imposições da mente sobre a matéria e os efeitos dela em retomo à causa geratriz.
Captando o impulso do pensamento e computando a resposta da ação, a ele se incorporam os fenômenos da conduta atual do homem, assim programando os sucessos porvindouros, mediante os quais serão aprimoradas as conquistas, corrigidos os erros e reparados os danos destes últimos derivados.
Constituído por campos de forças mui especiais, ele irradia vibrações específicas portadoras de carga própria, que facultam a perfeita sintonia com energias semelhantes, estabelecendo amas de afinidade e repulsão de acordo com as ondas emitidas.
Assim, quando por ocasião da reencarnação o Espírito é encaminhado por necessidade evolutiva aos futuros genitores, no momento da fecundação o gameta masculino vitorioso esteve impulsionado pela energia do perispírito do re-encarnante, que naquele espermatozóide encontrou os fatores genéticos de que necessitava para a programática a que se deve submeter.
A partir desse momento, os códigos genéticos da hereditariedade, em consonância com o conteúdo vibratório dos registros perispirituais, vão organizando o corpo que o Espírito habitará.
Como é certo que, em casos especiais, há toda uma elaboração de programa para o re-encarnante, na generalidade, os automatismos vibratórios das Leis de Causalidade respondem pela ocorrência, que jamais tem lugar ao acaso.
Todo elemento irradia vibrações que lhe tipificam a espécie e respondem pela sua constituição.
Espermatozóides e óvulos, em conseqüência, possuem campo de força especifico, que propele os primeiros para o encontro com os últimos, facultando o surgimento da célula ovo.
Por sua vez, cada gameta exterioriza ondas que correspondem à sua fatalidade biológica, na programação genética de que se faz portador.
Desse modo, o perispírito do re-encarnante sincroniza com a vibração do espermatozóide que possui a mesma carga vibratória, sobre ele incidindo e passando a plasmar no óvulo fecundado o como compatível com as necessidades evolutivas, como decorrência das catalogadas ações pretéritos. Equilíbrio da forma ou anomalia, habilidades e destreza, ou incapacidade, inteligência, memória e lucidez, ou imbecilidade, atraso mental, oligofrenia serão estabelecidos desde já pela incidência das conquistas espirituais sobre o embrião em desenvolvimento.
Sem descartarmos a hereditariedade nos processos da reencarnação, o seu totalitarismo, conforme pretendem diversos estudiosos da Embriogenia e outras áreas da ciência, não tem razão de ser.
Cada Espírito é legatário de ú mesmo. Seus atos e sua vida anterior são os plasmadores da sua nova existência corporal, impondo os processos de reabilitação, quando em dívida, ou de felicidade, se em crédito, sob os critérios da Divina Justiça.
Certamente, caracteres físicos, fisionômicos e até alguns comportamentais resultam das heranças genéticas e da convivência em família, jamais os de natureza psicológica que afetam o destino, ou de ordem fisiológica no mapa da evolução.
Saúde e enfermidade, beleza e feiúra, altura e pequenez, agilidade e retardamento, como outras expressões da vida física, procedem do Espírito que vem recompor e aumentar os valores bem ou mal utilizados nas existências pretéritas.
Além desses, os comportamentos e as manifestações mentais, sexuais, emocionais decorrem dos atos perpetrados antes e que a reencarnação traz de volta para a indispensável canalização em favor do progresso de cada ser.
As alienações, os conflitos e traumas, as doenças congênitas, as deformidades físicas e degenerativas, assim como as condições morais, sociais e econômicas, são capítulos dos mecanismos espirituais, nunca heranças familiares, qual se a vida estivesse sob injunções do absurdo e da inconseqüência.
A aparente hereditariedade compulsória, assim como a injunção moral atuante em determinado indivíduo, fazendo recordar algum ancestral, explica-se em razão de ser aquele mesmo Espírito, ora renascido no clã, para dar prosseguimento a realizações que ficaram incompletas ou refazer as que foram perniciosas. Motivo este que libera "o filho de pagar pelos pais" ou avós, o que constituiria, se verdadeiro, uma terrível e arbitrária imposição da Justiça que, mesmo na Terra, tem código penalógico mais equilibrado.
Os pensamentos largamente cultivados levam o indivíduo a ações inesperadas, como decorrência da adaptação mental que se permitiu. Desencadeada a ação, os efeitos serão incorporados ao modus vivendi posterior da criatura.
E mesmo quando não se convertem em atitudes e realizações por falta de oportunidade, aquelas aspirações mentais, vividas em clima interior, apresentam-se como formas e fantasmas que terão de ser diluídos por meio de reagentes de diferente ordem, para que se restabeleça o equilíbrio do conjunto espiritual.
Conforme a constância mental da idéia, aparece uma correspondente necessidade da emoção.
Todos esses condicionamentos estabelecem o organograma físico, mental e moral da futura empresa reencarnacionista a que o Espírito se deve submeter, ante o fatalismo da evolução.
O conjunto - Espírito ou mente, perispírito ou psicossoma e corpo ou soma - é tão entranhadamente conjugado no processo da reencarnação que, em qualquer período da existência, são articulados ou desfeitos sucessivos equipamentos que procedem da ação de um sobre o outro. O Espírito aspira e o perispírito age sobre os implementos materiais, dando surgimento a respostas orgânicas ou a fatos que retomam à fonte original, como efeito da ação física que o mesmo corpo transfere para o ser eterno, concedendo-lhe crédito ou débito que se incorpora à economia da vida planetária.
O mundo mental, das aspirações e ideais, é o grande agente modelador do mundo físico, orgânico. Conforme as propostas daquele, têm lugar as manifestações neste.
Assim se compreende porque a Terra é mundo de "provas e expiações", considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
À medida que o ser evolve, melhores condições estatui para o próprio crescimento, dentro do mesmo critério da lei do progresso, que realiza com mais segurança os mecanismos de desenvolvimento, de acordo com as conquistas logradas. Quanto mais adiantado um povo, mais fáceis e variados são-lhe os recursos para o seu avanço.
O pensamento, desse modo, é um agente de grave significado no processo natural da vida, representando o grau de elevação ou inferioridade do Espírito, que, mediante o seu psicossoma ou órgão intermediário, plasma o que lhe é melhor e mais necessário para marchar no rumo da libertação.
Divaldo P Franco / Manoel P Miranda – em Temas da vida e da morte -FEB

Perispírito
É o corpo espiritual necessário ao mundo de relação dos Espíritos ainda ligados à forma. É a individualização do Fluido Cósmico Universal em torno de uma individualidade, que o congrega em si por um automatismo instintivo. Uma segunda função não menos importante do perispírito é a de ser um intermediário entre a matéria e o Espírito, o elo de união entre a alma e o corpo, a condição necessária para as relações entre o espiritual e o físico.
O perispírito é composto pela quintessência dos elementos combinados e acumulados no somatório das experiências re-encarnatórias anteriores. Evolui e progride com o Espírito, pois, a cada passo do seu progresso, o Espírito vibra em ambientes mais sutis, tirando daí a sua "matéria", tornando-se o perispírito tanto mais sutil e menos material, quanto mais elevado e perfeito for o indivíduo.
O perispírito delimita a individualidade no Plano Espiritual, reflete os progressos já realizados e caracteriza o estado de adiantamento do ser. O Espírito está intimamente ligado ao perispírito por mecanismos sutis de natureza ultraconsciencial. Por causa disso, tudo o que o Espírito quer fazer, até um mínimo pensamento, o perispírito acusa de modo especial.
Quando um Espírito reencarna, é pelo perispírito que se liga à matéria. Isso porque o Espírito é imaterial, necessitando de um intermediário, para que possa manifestar-se no mundo físico.
O perispírito, no momento da encarnação, recebe uma espécie de "cola", o fluido (energia) vital, prendendo-se ao sistema biológico que se forma, pouco a pouco, consolidando ligações mais sutis, a ponto de passar animação ao corpo físico. Unido ao corpo, molécula a molécula, assegura também a ordem e a manutenção dos tecidos e órgãos. Ao mesmo tempo, por ser extremamente plástico e sensível ao pensamento, modifica-se a cada encarnação, quando recebe o condicionamento das novas formas e todas as impressões boas ou ruins, resultantes das ações do Espírito.
O perispírito transcende o corpo físico, irradiando-se para fora dele e compondo a aura. Pode inclusive desprender-se do corpo, quando este está em estado de transe, permanecendo ligado por cordões fluídicos. Representa então o duplo exato do corpo e pode ser visto por videntes e também materializar-se. É um dos principais fatores para a identificação dos Espíritos.
As propriedades do perispírito têm sido alvo de estudo por parte de muitos espíritas, e hoje sabe-se que tem peso específico em seu mundo de relação; pode emitir luz, quando penetra em esferas inferiores à sua; é muito sensível ao pensamento quanto à sua forma, sendo extremamente plástico; emite diversos tipos de raios, inclusive curativos e restauradores; absorve diversos tipos de raios psíquicos; revela a natureza inferior ou superior do Espírito e vibra molecularmente de acordo com a grandeza moral do Espírito. (L. Palhano Jr. - Obra: Dicionário de Filosofia Espírita.
O perispírito é o laço que à matéria do corpo prende o Espírito, que o tira do meio ambiente, do fluido universal. Contém ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria.
Perispírito: Um elemento de ligação
Quando em 1637 René Descartes apresentou ao mundo a primeira edição do seu Discurso sobre o Método pôs uma sombra de dúvida nas realidades imutáveis que a filosofia fideísta havia consagrado ao longo de séculos de imposição religiosa e que a Ciência nascente haveria de revogar pela consagração da metodologia científica. Num tempo em que a Religião tomou para si o domínio da verdade e dispôs da Filosofia como servidora menor que justificava com rodeios lógicos as proposições que os dogmas antecipadamente impunham, o século XVII inaugurava a reflexão metodológica na Ciência. Descartes apresentava a dúvida pertinaz como primeiro critério para avaliação das coisas não as aceitando até que elas se mostrassem claras e distintas ao pensar humano. Entretanto, ao mesmo tempo que coloca em dúvida a realidade de todas as idéias, Descartes apresenta o "Cogito ergo sum "- Penso logo existo - como a realidade fundamental de sua filosofia e, ao mesmo tempo, oferece ao mundo a concepção dualista de Espírito e Matéria como as realidades fundamentais do Universo, os pilares centrais que sustentam todos os elementos do mundo material e espiritual. Criou, dessa forma, um sistema de idéias onde espírito e matéria representam-se como as antíteses recíprocas da dialética existencial das coisas, uma concepção que isola os dois elementos e os faz miraculosamente conviver sem jamais interagir.
À proposição de um método indutivo baseado nesta dicotomia entre espírito e matéria seguiu-se uma reflexão epistemológica, erigida inicialmente por John Locke, que propõe a matéria como a única entidade percebida pelos sentidos; e considerando que todo o nosso conhecimento é haurido por meio desses mesmos sentidos, somente a matéria deve existir; já que o espírito nada tem a ver com o mundo material. Considerando ainda que não existem contatos entre espírito e matéria - como tão bem argumentou Descartes -, resta-nos a seguinte conclusão: só a matéria existe!
A reação a tais idéias apareceu na filosofia do bispo George Berkeley que volta, por força de expressão, a filosofia contra o filósofo e argumenta que exatamente pelas razões apresentadas por Locke, o inexistente é a matéria - e não o espírito - já que ela só existe como percepção da mente humana. Não existisse o Espírito para coordenar as informações que os sentidos fornecem então não haveria matéria porque nada haveria para percebê-la. Contudo, o bispo George Berkeley não esperou muito pela resposta. O escocês David Hume analisando ainda o processo de conhecimento e compreensão humana argumentou com a mesma força de Berkeley que do mesmo modo que percebemos a matéria, inexistente para o bispo, percebemos a mente como uma idéia que não têm em si mesma substância e por trás da nossa percepção da mente não identificamos nenhuma substância para o espírito, que julgamos existir.
Em resumo, Hume destruiu a alma que estaria na mente com mesma violência com que Berkeley destruiu a matéria, que não estaria no mundo. Quando Augusto Comte apresentou ao mundo a teoria dos três estados, na qual lançava o espírito para uma concepção primitiva da história do pensamento, a Ciência optou pelas conclusões do materialismo que pareciam promissoras. O Positivismo de Comte parecia oferecer alternativas para o pensar científico que ficou impregnado de seus fundamentos, conforme o apresentamos no trabalho "A revolução do Espírito - Perspectivas da Ciência Espírita." Mas o quadro filosófico era desesperador. O espírito não passava de uma abstração absolutamente destituída de substância - o que equivale a dizer: inexistente para o pensamento da época. Sem contato com a matéria e sem realidade própria, não havia razão para a concepção do espírito como um elemento do universo. O materialismo parecia uma imposição lógica. A Ciência impregnava-se de idéias e métodos mecanicistas que apontavam para a matéria como o elemento existente e para o espírito como o mito a ser esquecido...
É nesse contexto que Allan Kardec vem propor, como resultado de pesquisas com o fenômeno mediúnico, a existência do perispírito, um elemento de substância intermediária entre o espírito e a matéria, cuja existência e propriedades seriam responsáveis pela elucidação de inúmeros fenômenos até então inexplicáveis. A própria questão da substância do espírito seria retomada pela proposição de um elemento intermediário considerando-se os limites de contato entre o espírito, a matéria e o perispírito. Kardec retoma uma discussão filosoficamente colocada por Descartes e a posiciona num contexto mais global qual seja o da Ciência, da Religião e da própria Filosofia. Seus métodos eram tão novos como novo era o problema. Embora a questão estivesse colocada no campo do espiritualismo, Kardec a vem discutir no contexto da Ciência porque ela era de fundamental importância para a explicação dos fenômenos mediúnicos e para retirar o espírito do campo do maravilhoso e do sobrenatural. Na abordagem do problema, o Codificador do Espiritismo optou por trabalhar em cima dos fatos. Erigiu uma concepção do perispírito que para muitos parece simplista demais. Os motivos que o levaram a esta posição foram de caráter metodológico: o Espiritismo não poderia trabalhar com suposição num campo tão novo. Para ele a questão do perispírito foi colocada de maneira clara: é o elemento semi-material que serve de intermediário entre o espírito e a matéria. Kardec trata-o como fluido assim como a Física tratava a eletricidade. Para a posteridade ficaria a incumbência de trazer mais elementos e enriquecer os métodos de modo a detalhar - e aprofundar - os conhecimentos sobre a natureza do perispírito.
O campo permanece aberto às conjecturas. O Espiritismo apresenta seu ponto de vista com os respectivos argumentos. O conhecimento exige a consideração desses argumentos e deste novo elemento - o perispírito.
Perispírito ou Espírito
O Espírito é consciência, eterna, evolui e demonstra isso nas múltiplas manifestações físicas e psíquicas. Não está condicionado a espaço, tempo e massa. Perispírito é uma forma projetada pelo espírito para aparecer moldando o físico nas dimensões físicas e psíquicas, em suas variadas formas. Em outra dimensão ele ainda é uma forma, que ocupa um espaço e deve ter massa, sutil. O que os videntes vêem não são os espíritos, mas seus perispíritos, tanto que os identificam. Com o avanço da ciência acadêmica, esse corpo energético, ganhou outros nomes, o que para nós os espíritas, reforça um dos pilares básicos da reencarnação. O prof. Hernani Guimarães Andrade em seu livro "Teoria Corpuscular do Espírito", deu‑lhe o nome de "Modelo Organizador Biológico". Em meu livro, "A Ciência do Espírito", denominei‑o "Campo Estruturador das Formas". Finalmente o Prof. Rupert Sheldrake, especialista em bioquímica e biologia celular, membro da Frank Knox, em Harward e doutorado em Cambridge, no livro "Diálogos com Sábios e Cientistas", de Renee Weber, editado pela Cultrix, afirma que para que haja uma formação biológica, existe um campo "Campo morfogenético" (de morfo‑forma e genético‑vir a ser). Ele diz: "Algo mais profundo do que o acaso cego domina e governa o mundo material. Esses campos invisíveis, matrizes de todas as formas, mostram o comportamento da evolução, e operam ao longo do tempo e do espaço, numa ligação "teleativa" de organismos que também têm implicações na Parapsicologia". Bastaria isso, mas vamos adiante:
"A teoria dos morfo-genéticos propõe a existência de um campo, ou estrutura espacial que é responsável pelo desenvolvimento do corpo". E mais: "Porque o campo Inorfogenético de um frango se associa ao ovo de uma galinha e não ao de uma perdiz ou de uma fême humana? Isso se liga à questão de origem pois não existe geração espontânea. O ADN, em minha opinião tem sido superestimado. Os biólogos teimam em projetar nele papéis e possibilidades que estão além do que são capazes de fazer. Assim, aquilo que começou como uma teoria rigorosa e bem delineada de como o ADN codifica o ARN e como o ARN codifica as proteínas, logo se transformou numa espécie de teoria mística, na qual o ADN se reveste de misteriosos poderes e propriedades que não podem ter, de modo algum, especificados em termos moleculares exatos. Tais são, ao meu ver, as fantasias projetadas no ADN, coisas que dizem que ele faz, masque sabemos não poder fazer.
Essas coisas, na verdade, são feitas pelos campos (corpos) morfogenéticos (Perispírito).
Mas vamos além para provar a existência do perispírito, que é uma fôrma para fazer a forma física. Uma fôrma, que se transforma em forma, pelo construtor que é o ESPÍRITO, com defeitos e perfeições...
Entre outras coisas extraíveis do Livro "Psychic Discoveries Behind the Iron Curtam"(Experiências atrás da Cortina de Ferro, Rússia) de Sheyla Ostrander e Lin Schoeder, em 1971 consta:
"Experiências conclusivas revelam que um braço embrionário enxertado na posição destinada à perna de um animal em formação, desenvolverá a partir daí como uma perna e não como um braço, o que evidencia a existência de uni campo organizador (perispírito) que impõe à matéria a sua programação. Em outras palavras, onde esse corpo bioplásmico do ser em formação tem uma perna, vai surgir uma perna, e não um braço, mesmo que ele seja ali enxertado com a intenção de modificar os planos do perispírito". Quantas provas podemos tirar de tudo isso... para os processos da reencarnação, como enfermidades, e deformações? Cada vez mais P Ciência oficial vai solidificando este postulado básico da Doutrina Espírita...

Alguns espíritas acreditam e até afirmam, que a consciência está no perispírito. Esta também nele e no corpo carnal. Mas o perispírito é também um corpo, existente na dimensão em que o processo evolutivo passa por um aprisionamento do corpo carnal que ele constrói. Mas um dia o perispírito morrerá também No Livro de André Luiz, "Obreiros da Vida Eterna" está relacionado uni acontecimento que prova isso. Lá está o relato da invocação que desencarnados fizeram para obter a presença de Bittencourt Sampaio. E usado um aparelho, a guisa de "médium de formação" naquela dimensão, já que essa entidade invocada, não possuía mais perispírito E continuava existindo, já que o espírito é consciência e nele está a possibilidade de construir uma forma, no plano dos desencarnados... Ele, Bittencout, aparece inicialmente como um foco de luz que com o auxílio do aparelho, e só nele toma sua forma para ser reconhecido.

Os espíritos ainda perispiritáveis, que voltarão a reencarnar, não podem passar através de outros da mesma dimensão. Não gosto quando dizem que o "espírito de fulano incorporou cm fulano". Espírito não entra no corpo de ninguém. Obsessões ou possessões, são sintomas que se estabelecem entre o obsessor e o obsediado. E como um receptor de rádio em nossa casa que entra em sintonia com a estação emissora. E, para as dimensões onde não existem os perispíritos, um consegue (espírito) atravessar o outro'' Creio que não, mas a temática está em aberto. Isso só vamos saber, quando chegarmos lá.
Mas, que fique bem claro. CONSCIÊNCIA é a prova da existência do ESPÍRITO. Já dizia Descartes: ‑ "Penso, logo existo". E quem disse isso, foi o espírito que era Descartes, e não o perispírito ou o corpo dele... - Evangelho e Ação

Chakra
Os sete principais chakras do corpo.
Chakras são, segundo a filosofia ioga, dentro do corpo humano existem canais (nadis) por onde circula a energia vital (prana) que nutre órgãos e sistemas. Existem várias rotas diferentes e independentes por onde circulam esta energia. Os chakras são os pontos aonde essas rotas energéticas estão mais próximos da superfície do corpo.
Imagine que os Chakras são uma lâmpada com uma tomada do lado. Eles tanto indicam a quantidade de energia naquele sistema específico como podem ser usados para recarregar a energia do sistema. Existem muitos canais e uma grande divergência quanto ao número exato. Algumas linhas afirmam existir 32, outra 114 e ainda 88.000 - sendo assentes todos que os principais são sete.

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Paulo H Bosco